domingo, 16 de maio de 2010
How my girl makes me feel
Postado por Ju às 5:26 PM 0 comentáriosEu queria que você fosse uma atriz hollywoodiana, pra gente ter fama, glamour e riqueza. Assim eu cagava pra sua mãe, pra você, pra essas pessoas na rua, pros nossos amigos, pro álcool, pras palavras, pro cheiro mórbido que exala de tudo que te rodeia. Eu vejo os holofotes em cima de você, enquanto você diz pra todo mundo quanto amor você tem guardado e se surpreende as 12 vezes ao dia com meu jeito de ser. Eu escuto sua voz agora mesmo, dói tanto que me sinto com ouvidos de cachorros desesperados e você apitando com toda a sua força, fazendo esse som filho da puta que só você faz.
Então, larga mão desse negócio de different outlook, porque eu nunca vou mudar, ou você me aceita como eu sou, ou a gente aprende a dizer não.
domingo, 25 de abril de 2010
Ah, se pudesse certamente concretizaria em estar o seu não-ser nos entraleces das minhas pernas, no falecer da respiração dos meus pulmões e no passeio das artérias, pois já é minha alma o seu estado de graça. E a minha vida um dilema antigo no qual ser e não estar é minha grande questão...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Pra quem se foi
Postado por Ju às 7:04 PM 0 comentáriosDeve haver um momento que eu vou cruzar com você e vou te dizer exatamente isso: dessa vez, pelo menos dessa vez, não vai. Mas não pude, me enrolei na verdade, que é mais dispensável que você.
E por isso que não há muito tempo atrás me senti úmida, porque o mar de você que existe dentro de mim te queria. Te queria exatamente como há quatro anos atrás e eu achei que tivesse morrido, te queria exatamente como há dois anos atrás e eu achei que tivesse morrido, mas viveu, porque as ondas de você demoram pra chegar e vem desmontando todas as barreiras que eu já criei pra ti, mas você só passa e se vai.
E mesmo te querendo assim, não me incomoda nenhum pouco estar longe de você e não te ter na minha cama, porque você me ensinou que é totalmente dispensável.
As ligações que você fazia hora ou outra, me deixavam feliz, mas eram totalmente dispensáveis. Os seus pedidos, instigantes, mas totalmente dispensáveis. As suas vontades, totalmente dispensáveis.
E mesmo assim, eu escrevi esse texto justamente pra isso: não vai. Não enquanto eu quero que você seja assim, indispensável.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Nosso circo
Postado por Ju às 6:50 PM 0 comentáriosE quando acaba nossa peça e você vai embora sem olhar pra trás, eu tenho um pouco de pena por você não acreditar em coisas que não estão nas estatísticas, ou em coisas do coração, ou das verdades que existem nessas 482 palavras que você acabou de ler... Mas eu sei que você entende, porque essa é a única certeza que eu encontro em 'todos os você' que eu já conheci.
Então eu fiquei esperando, esperando porque eu precisava ouvir você dizer que eu não precisava ter medo, que todo aquele nosso passado ainda existe e todo aquele silêncio não quebrou o que existe entre nós dois. Tô aqui esperando, lendo e relendo, porque eu tinha esquecido quanto era bom quando eu desligo o mundo e resta só eu e você.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O mundo é dividido entre os que sentem o que gostariam (e não o que sentem) e os que não sentem mais e ufa, melhor assim. E no meio dessa merda toda, de vez em quando, aparece alguém de verdade. E apareceu, o cara dos desenhos, o cara dos desenhos. O cara dos uivos e pulos e rabiscos e jeito de olhar que dá vontade de uivar e pular e rabiscar. E eu senti bater no fundo, um murro, um tapa na cara no estômago. Esse cara tá aqui. Temos aí um ser humano em plena atividade de estar vivo e ser ele próprio. Essa espécie em extinção chamada pessoa, ou gente, ou cara. O cara dos desenhos.
Escolhi a tela do demônio do bem. Se o mundo fosse trilogia francesa ou pornochanchada brasileira, ele viria entregar o quadro de jardineira jeans e faríamos amor até essa minha cama vagabunda expulsar os gaveteiros que mamãe desenhou pensando na praticidade de uma casa pequena. Mas como a vida é chata, vou me contentar em dormir abraçada com o seu demônio do bem, sonhando com o dia que você vai olhar de novo tão profundamente pra mim que até ter pele me soou um desacato.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Até que gosto de você
Postado por Ju às 7:53 AM 0 comentáriosDe todas as formas que encontro de me animar, eu escolho o triângulo. E de todos os modos, prefiro o imperativo. Só não entendo porque ganho um fã a cada dia do ano, e perco um amigo ao mesmo tempo. Queria que o azar não estivesse comigo... Sabe, não sou a pessoa exata para te dar conselhos, mas diz, quanto te custa?
A fórmula do seu sucesso não me interessa. Me diz, quem é você em quarenta e cinco palavras. Isso é o que quero para você perceber que entre todas as coisas, você é a mais estranha e esquisita. Que o seu tipo, não faz meu estilo, e seu estilo, não faz o meu tipo. E por ser tão diferente, é que te visito, mesmo sem te entender.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Irreal
Postado por Ju às 8:47 PM 0 comentáriosE é que eu gosto da sua cor meio amarelada e dos óculos, acho simpático o seu esforço de ser um homem sarado, já que não vejo muito sucesso, mas não tem nada mais bonito do que suas costas finas.
E aí você se joga elegantemente na cama, com uma cueca feia com cor de asfalto e eu babo como se você fosse o melhor homem do mundo, e inatingível.
E eu que fui acordar justamente do teu lado, rogando pra quem fosse pra eu voltar a ter aquela cara que eu tinha quando você resolveu me levar pra tua casa. E você se duvidar nem com bafo acordou.
Fico imaginando que você é um daqueles caras que podem me contar vários segredos do mundo, mas você fica quieto, com preguiça, olhando da forma mais bonita que já olharam pra mim e vai embora.
E eu quase voltei e implorei pra me carregar junto pra qualquer coisa que você tivesse que fazer... Mas não vou, porque eu não tenho coragem de você.
Duas horas depois eu fui almoçar com um sorriso bobo e quando a moça me perguntou o que eu queria comer, eu disse seu nome. E eu fiquei com vergonha e até quis dar uma explicação pra ela, não gosto de parecer louca, iria dizer que eu estava apaixonada por você hoje porque você é feliz, feliz como eu jamais serei. E as pessoas te adoram, e você gosta de coisas tão simples, e eu queria ficar achando que essa vida é um barato mesmo só porque hoje tinha macarrão com queijo no almoço.
E eu sei que se a gente um dia casasse, nossa casa ia ser bonita e feliz, com leite ninho no armário, amaciantes Fofo, pão fresquinho da padaria com manteiga derretendo em cima, igual casa feliz de propaganda. E volta e meia eu ia enlouquecer por ser tão feliz e ia me enfiar em alguma tristeza, mas aí eu imagino que você vai me levar passear numa tarde de outono, com folhas laranjas e vermelhas caindo no chão como nos filmes, e vai me dizer que viver é lindo, e eu vou acreditar. E eu não vou ter problemas em ser eu mesma com você, então as coisas não podem dar errado ou acabar, e aí então eu poderia finalmente pesar teu corpo sobre o meu.
Mas isso é só o que eu penso, enquanto você esquece. Daqui uns dias passa...
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Bobur
Postado por Ju às 7:03 PM 0 comentáriossexta-feira, 30 de outubro de 2009
Mal vindo
Postado por Ju às 9:21 AM 0 comentáriosquinta-feira, 22 de outubro de 2009
Hehehe
Postado por Ju às 8:41 PM 0 comentáriosAcabei de ver Santiago, o documentário, e tive um acesso de choro daqueles. Ele escreveu sobre toda a aristocracia do mundo e isso arrasou comigo, amor. Arrasou. Ele era o garçom das festas, que você chorava. Uma pessoa que servia feliz a uma beleza triste. E no final, não sei se você viu o filme, mas ele quis contar algo pessoal e apressaram ele, cortaram, o que ele realmente queria dizer não tinha importância. E quase, quase quis te pedir um favor. Mais uma das minhas ideias. Pra você, por alguns minutos, só enquanto eu chorava demais, pra você fazer de conta que abismos não existem. E não existem mesmo, nesses segundos descabidos das horas que não entram no dia. Porque agora, nesse segundo que corri aqui pra te escrever, nesse momento não existe essa coisa de dia e de dois meses exatos. Existe só que vamos todos morrer então pra que mesmo o orgulho de sair ileso mais um dia. Mais um dia ileso. Como se não fosse cheios de feridas que raspamos com as costas das mãos as nossas roupas de guerra e dormimos em paz.
Outro dia tive uma ideia. A cada doze dias, perto das onze horas da noite, eu chegaria sem dizer nada e você também não poderia dizer nada. E então a gente só ficaria se lambendo um pouco. E aqui não tem nada de erótico não, é bonito isso que eu quero dizer. E depois acabava mesmo. E a cada doze dias de novo. E isso seria um contrato já que meu doentinho daqui da cabeça quer tanto. Pro resto da vida. E tudo bem pra você, vai. Sim, seria um contrato, mas olha que maravilha os outros doze dias sem nada. E seria só por uma hora. Então, tudo bem. Acho que você assinaria.
Hoje eu estava no estacionamento do aeroporto e fiquei seguindo as plaquinhas de saída e vi que é isso que faço melhor do que ninguém. São tantas as coisas que eu queria te falar e contar. E eu sigo fantasiando que você entende tudo e melhor que todo mundo. E isso acaba comigo mas, ao mesmo tempo, me tira um pouco da chatice burra e apática de sempre. E então, me vem a ideia de realmente te contar as coisas. E por isso escrevo. Porque se você entra aqui pra ler é você que, com todo o meu amor que você nem imagina, consegue sentir como sendo seu. E então é mesmo essa coisa maluca de eu me livrar do que eu nem sei se sinto pra você, sem nem saber se sente, sentir o que já estava aí esse tempo todo. A troca do absurdo. Nisso trocamos. O absurdo.
Hoje eu perguntei a um amigo. Você era feliz com ela? E ele disse: eu era muito feliz com ela. E muito triste. Sem ela eu não sou nem uma coisa e nem outra. Eu sorri e disse pra ele: eu prefiro a vida assim. Ele disse: prefere mesmo? Eu disse, comendo um pão de queijo: não, não prefiro, mas pelo menos, assim, eu consigo estar aqui com você pesando mais de quarenta quilos.
São, sei lá, duas e pouco da manhã. Passo boa parte de tudo sem doer, sem sentir tão forte. Às vezes nem parece que aconteceu. Mas o tempo todo, ainda, converso e te mostro tudo, o tempo todo. O tempo todo. O tempo todo. Não porque sou sozinha. Não porque era menos sozinha com você. Apenas porque apenas.
Lê pra mim um texto. Com a luz apagada. Quando alguém liga eu fico cheia dos risinhos idiotas porque tiro sarro de quem tenta falar algo e não sai como sairia se fosse você. O maior elogio que eu poderia fazer a uma pessoa era dizer assim: gosto de você além da minha imaginação, não porque aprendi a gostar, mas porque por mais que eu sonhe, você é ainda melhor que o sonho. Você é além da minha capacidade em te imaginar. E eu jamais te diria isso. Não posso te fazer esse elogio. Mas olha, ainda assim, olha eu aqui de novo. Porque você não é melhor que a minha imaginação, você não é melhor que a minha esperança, você, pra falar a verdade, é bem ruinzinho.
Mas é isso. Um filme com o maluco do fraque e das castanholas me emociona e pronto. O boneco salta da caixinha e espanca meu peito com cabeçadas duras e olhar macabro. A hora que não entra no dia. E eu mais uma vez preferindo não sair ilesa pra me sentir menos machucada.
Você pode, a cada doze dias, ler um texto, a língua, brincar do não abismo, qualquer coisa, só ler, continuar assim, só ler, não me esquece, por favor. Eu nunca vou esquecer você. Eu não soube o que fazer com você, mas sei o que fazer com o não você. Isso eu sei fazer e faço bem. Lembrar que era terrível e incrível. Terrível, meu amor, como poucas (ou nenhuma) coisas foram. Mas absolutamente incrível.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Silêncio
Postado por Ju às 9:47 PM 0 comentáriosÁs vezes eu procuro nos meus cadernos velhos sobras de tudo que eu queria ter dito, vejo páginas arrancadas e me lembro das coisas que eu disse e ninguém ouviu, e a medida que eu fui trocando, vejo que o silêncio foi ficando mais intenso, e as páginas em branco passaram a ser mais recorrentes.
O silêncio, o maldito silêncio que eu odiava nas pessoas, que me fazia achar que elas eram vazias porque não gritavam pro mundo a porra da insatisfação que elas sentiam, que me fazia achar que elas eram frias porque quem em sã consciência iria ver o amor fugindo e não lutaria, essas pessoas que eram silenciosas demais, esse silêncio que acabou tomando conta de mim e me faz esconder das pessoas o tamanho de tudo que tem dentro de mim, e eu tenho vontade de falar tanta coisa, mas é assim que é, dolorido e solitário ser gente.
domingo, 16 de agosto de 2009
Outra vez
Postado por Ju às 11:28 AM 0 comentáriosForam esses anos que me mostraram que eu não era dona da culpa. A minha vontade de buscar mais e mais felicidade nunca foi pequena, então nunca coloquei limites nos meus pés pra ir atrás dela... Eu já nasci acompanhada da lição de vida, ela me deu muita porrada e me disse que não era pra eu me acostumar com o que é pouco, então eu cavo na procura de mais, pra poder me fazer inteira. Meu único medo é ter medo de correr o risco, de perder minha coragem, de me sentar e aceitar que não deu certo. Eu nunca tive vergonha de sofrer, tenho vergonha é de aceitar qualquer coisa, o pequeno, de esquecer de cuidar da mulher que cresce dentro de mim.
Então ontem eu estava quebrada, hoje eu junto os pedaços e amanhã eu coloco a mochila nas costas mais uma vez.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Absurdo
Postado por Ju às 11:17 PM 0 comentáriosVocê queria me comprar porque eu parecia um sonho, porque eu era teu filé, e como já era tarde, disse que tudo bem. Você me colocou na mesa pra ceia e micumia. Eu te falava “para que dói, mozinho” e você me dizia “não fódi”. E eu virando suquinho dentro de você, brincando de tobogã no teu esôfago, afogando a batata no estômago, e você gritava “ai que delíííícia de mulher”. Aí você me acomodou na sua cama, me deixou quentinha, me deitou de lado e dizia que nunca teve um gostinho melhor... No dia seguinte você correu pro banheiro me largar e falou “ui pra você”.
E hoje eu to aqui, largada, junto com tantos outros “sonhos”, “filés”, “corações” e “docinhos de côco”, tentando não esquecer que a cadeia alimentar é um ciclo, implorando pra esquecer que pra você eu dei a carne de primeira.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Gente pequena
Postado por Ju às 11:00 PM 0 comentáriosE depois de tudo isso, eu me escondo embaixo das cobertas, depois de deixar pelo menos a tv ligada, e dou uma rezadinha pra nenhum monstro sair de algum canto, converso com meu urso de abraçar que por favor não me deixe mijar na cama dessa vez e fujo da realidade criando histórinhas que só fazem sentido na minha cabeça... Eu ainda quero ter 5.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Te adoro
Postado por Ju às 7:07 PM 0 comentáriosSaudade não morre só porque a gente decide assim. Eu vou ficar esperando pela hora que você deita na cama, me abraça e diz que me adora. Vou estar ansiosa pra ganhar um beijo, pra ouvir tua voz, até pra ver suas caretas que me deixam insegura... Vou perder a noção do tempo lembrando do nosso sexo, vou ficar sorrindo lembrando do quanto eu te acho inteligente, engraçado, com valores firmes e tantas outras coisas que se tornam desnecessárias dizer, porque ficam óbvias quando eu olho pra você.
De escolhas e perdas a vida é feita e eu não sei nada sobre nós dois, não sei no que tudo vai dar, não sei se quando você me conhecer de verdade vai me querer como eu te quero, mas eu coloco todas as minhas fichas em você.
Eu não quero mais ninguém além de ti... Quero você, só você pra me dizer que tudo vai ficar bem, só você pra me ter em seus braços, só você pra me fazer sentir bonita, só você pra me dizer várias vezes "você é minha".
Eu te quero muito! Quero ás três da tarde de uma terça e as dez da noite de um sábado. Quero como ninguém mais te quer.
E não te quero porque tu completa coisas quebradas, me dá respostas pra perguntas que não foram respondidas. Só pelo que você é, porque antes de você chegar, tudo que tinha passado já estava de fato enterrado. Você veio só pra quebrar qualquer regra e deixar claro que pode acontecer de novo.
É difícil pra mim acreditar em qualquer coisa, mas eu acredito que eu posso ser feliz com você. Então baby, seja "ele" porque eu sou louca por você.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Todo coração é uma célula revolucionária
Postado por Ju às 10:21 PM 0 comentáriosMas isso foge do contexto, o fato é que eu sempre fiz o estilo sonhadora, por mais que eu sempre mantivesse meus pés no chão quando algo podia me tirar fora da realidade... Se eu amasse, eu ainda estava em primeiro lugar. Se eu sentisse saudade, eu me esforçava pra estar tranquila. Se eu estivesse pertinho da loucura, eu sabia que meu auto-controle iria sair por cima.
Não é que hoje eu não sinta tudo isso, até passa, enquanto o tempo passa, a se tornar mais forte dentro de mim. Mas quanto mais eu sonho, mais eu me desprendo do que seria real, antes de dormir eu brinco de casinha com os pedaços que você deixou na minha vida. Eles vão se desprendendo pouco a pouco do que por um momento foi verdadeiro, pra pedaços de histórias que eu crio dentro de mim e eu passo a gostar de você mais e mais, porque quando eu me lembro do sonho que você me deu na última noite, eu entendo que gostar de você passou a fazer parte do que eu sou hoje, que nada mais é do que ser exatamente quem eu sempre fui... Se de fato o velho clichê está certo, acho que eu encontrei o que era pra ser perfeito.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Eu sou minha companhia favorita, eu faço minha própria insensatez, me deixo ao esmo, às vezes, igual vocês. Mas garanto, tenho muito mais a oferecer.
Por isso deixei meu cabelo despenteado e me ofereci um salto baixo. Mas eu continuo sem conseguir parar de repetir o pedido de desculpa desmerecido que eu queria dar de aniversário.
E agora, recorto os sorrisos que aparecem nas velhas fotos e guardo-os. Inclusive das 3x4. Dos 10 aos 17 anos. O vazio nos lábios faz lembrar que talvez eu não tenha nada pra falar...
Vou agora colar os pedaços de risos sobre a boca dessas fotos novas, e assim, de tanto admirar, começo até acreditar na ilusão dos meus dentes se entreabrindo de par em par.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Not today; Another day.
Postado por Ju às 8:46 PM 0 comentáriosSe algum dia se sentir confuso e não souber porque exatamente o vento bate, derruba tudo e você gosta, eu descobri o segredo. E ele é mais simples do que todas as razões que eu tentei encontrar pra descobrir porque essa necessidade tão grande de tirar pedaços de você pra me completar, mais simples do que todas as razões que você tem pra arrancar pedaços de mim pra se sentir mais completo. Ele foge do marasmo e preenche essa voluptuosidade que a gente sente, essa mania de cavar mais e mais pra ver se encontra um algo que finalmente sacie essa busca. O segredo é simples e lógico, dessa vez a gente tinha alguém pra caminhar junto. A gente sempre vê essa luzinha, que instiga a gente porque sabemos que existe mais um fundo no fundo, que nos impede de viver na superfície... E é essa luz, que alimenta nós dois, que me deixa sem entender o que a gente tá fazendo de errado pra de repente sentir um terremoto entre nossos pés e enlouquecer. Eu só sei que até dessa loucura eu vivo mais... E enquanto a gente permanecer nessa busca pelo ser-inteiro, eu ainda vou comer o máximo de você que eu puder.
sábado, 9 de maio de 2009
Aliás, meu caralho já cansou de cansar. É isso, tá acabado. Já não te suporto mais, guria. Você me dá muito gasto, prejuízo. Consome minha comida, consome minha paciência. Você me deixa fodido, é isso, você fode com a minha vida, com meu cartão de crédito, com tudo, menos comigo! Comigo! Pô, quer saber? Vai procurar alguém puro, virgem, imaculado, sei lá. Vai namorar a sandy! Não me procura mais. Se me ver na rua, me poupa de bom-dia, tchau ou até mais tarde...
Já não agüento mais essa sua cara de vadia. E... E é isso mermo! Cabou. Me esquece, falou? Não fica mau, de boa, não fica. Tipo se... Sei lá, se apesar de tudo tu ainda quiser ficar comigo... Hum, meu mozinho... Pára de pegar no meu pé, e aprende a pegar no meu pau.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Tita
Postado por Ju às 10:53 AM 0 comentáriosA Tita era a projeção material de tudo que eu queria ser na vida. Foi ela quem me ensinou a ser mais bondosa, paciente, tranqüila, a sorrir mais, a ser gentil (e me ensinou que na luta pelo salame, pelo chocolate e pelo sorvete é cada um por si).
A Tita era sempre encontrada no sofá da minha casa, na cama de alguém e no calor estirada em alguma superfície gelada, com a barriga pra cima. Não importava o quanto você chamasse por ela nesses momentos, o descanso era o ápice da vida dela e devia ser respeitado, se eu fosse atrás, ela sorria.
A Tita era louca por doce! Sorvete, bala, chicletes, bolo, brigadeiro, jujuba, caramelo, chocolate. E não é mentira quando eu digo que ela fazia o impossível pra conseguir tudo isso... Ainda me lembro do dia que eu fiquei sem ovos de páscoa.
Mas o mais legal sobre a Tita foi que ela foi minha companheira por anos e anos da minha vida. Eu sentia que ela sabia quando eu estava triste, deitava comigo e me lambia o rosto. Ela sabia principalmente quando eu tava feliz, porque ela sempre se saía bem nessas horas. Convivendo todos esses dias com ela, tive certeza que ela entendia o que a gente dizia.
Mas faz um ano que a Tita se foi. Em um mundo que fosse bom pra se viver cachorro tinha pílula pra viver mais 80 anos! Ela foi um dos meus amores mais verdadeiros, mais sem arrependimentos, minha dedicação mais recíproca. E é engraçado dizer isso, porque se trata de um cachorro, mas quando eu lembro dela, eu lembro do que vim fazer nesse mundo.