segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Pra quem se foi

"- Não vai..." era o que eu queria dizer, mas eu não podia. Não podia porque você era dispensável, lindo e dispensável. Inteligente, mas dispensável. Engraçado, me desligava do mundo, inteiro, mas totalmente dispensável.
Deve haver um momento que eu vou cruzar com você e vou te dizer exatamente isso: dessa vez, pelo menos dessa vez, não vai. Mas não pude, me enrolei na verdade, que é mais dispensável que você.
E por isso que não há muito tempo atrás me senti úmida, porque o mar de você que existe dentro de mim te queria. Te queria exatamente como há quatro anos atrás e eu achei que tivesse morrido, te queria exatamente como há dois anos atrás e eu achei que tivesse morrido, mas viveu, porque as ondas de você demoram pra chegar e vem desmontando todas as barreiras que eu já criei pra ti, mas você só passa e se vai.
E mesmo te querendo assim, não me incomoda nenhum pouco estar longe de você e não te ter na minha cama, porque você me ensinou que é totalmente dispensável.
As ligações que você fazia hora ou outra, me deixavam feliz, mas eram totalmente dispensáveis. Os seus pedidos, instigantes, mas totalmente dispensáveis. As suas vontades, totalmente dispensáveis.
E mesmo assim, eu escrevi esse texto justamente pra isso: não vai. Não enquanto eu quero que você seja assim, indispensável.

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