quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Das coisas que eu já não preciso

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Nessas tardes em que o sol arde e força meus olhos a fecharem, formam-se no vermelho escuro das minhas pálpebras o seu ventre, seus membros, você em partes. Nelas por todo me acolho e repouso, me direciono e fico, em abraço, dizendo no silêncio do aconchego, no recolhimento deste infinito entre seus dois braços, frases com pontuações em indefinido, num novembro bem doce.

Deixo aqui, portanto, a frase que tanto repito, e já não sei mais como entono, em torno disso que fantasio:

Quero você.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Das coisas que eu odeio

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Se a vida fosse assim tão fácil, até que me acostumaria com o óbvio, com o tédio, com a falta de alguma coisa que ainda não sei o nome, mas o mundo do jeito que é, não deu.
Odeio essa aceitação de coisas inaceitáveis, odeio hipocrisia, odeio a facilidade com que as pessoas definem e mudam seu caráter, seus valores, sua opinião. Odeio a falta de bom senso, a conivência com tudo que é errado, eu odeio a degradação da educação e valores que a mídia promove, eu odeio a porra da democracia onde todo mundo vota, a porra de uma nação desorientada, onde uma pessoa sem estudo e alcóolatra se torna líder, eu odeio ver a corja se tornar heróis nas bocas que passam por aí. Eu odeio o silêncio dos que tem muito a dizer e odeio meu próprio silêncio. Odeio o ódio a coisas banais. Odeio a falta de escola, odeio a preguiça e a inveja. Não odeio a vaidade e a gula. Odeio o egoísmo, o egocentrismo, odeio a injustiça. Odeio quem só reclama de impostos absurdos e não cobra os serviços públicos. Odeio quem se manifesta pela morte, odeio quem não se manisfesta pela ética. Odeio violência. Odeio quem machuca os outros.
E se tem uma coisa que eu realmente odeio, é pecar também.
 

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