segunda-feira, 22 de junho de 2009

Todo coração é uma célula revolucionária

0 comentários
Eu nunca tive limites, sempre me pareceu estranho viver o que não era pra ser de fato. Quando eu era pequena e brincava de casinha, era sempre real, era estranho quando meus pais chegavam no quarto e me diziam para ir jantar, um choque de realidade. Hoje em dia, quando eu sonho, eu sinto a mesma coisa, quando eu acordo, parece que minha vida de repente mudou de lugar. As vezes eu até penso se a gente vai viver outra vida quando a gente dorme.
Mas isso foge do contexto, o fato é que eu sempre fiz o estilo sonhadora, por mais que eu sempre mantivesse meus pés no chão quando algo podia me tirar fora da realidade... Se eu amasse, eu ainda estava em primeiro lugar. Se eu sentisse saudade, eu me esforçava pra estar tranquila. Se eu estivesse pertinho da loucura, eu sabia que meu auto-controle iria sair por cima.
Não é que hoje eu não sinta tudo isso, até passa, enquanto o tempo passa, a se tornar mais forte dentro de mim. Mas quanto mais eu sonho, mais eu me desprendo do que seria real, antes de dormir eu brinco de casinha com os pedaços que você deixou na minha vida. Eles vão se desprendendo pouco a pouco do que por um momento foi verdadeiro, pra pedaços de histórias que eu crio dentro de mim e eu passo a gostar de você mais e mais, porque quando eu me lembro do sonho que você me deu na última noite, eu entendo que gostar de você passou a fazer parte do que eu sou hoje, que nada mais é do que ser exatamente quem eu sempre fui... Se de fato o velho clichê está certo, acho que eu encontrei o que era pra ser perfeito.
 

Notes to self Design by Insight © 2009