domingo, 4 de setembro de 2011

Encomendou um balão do tamanho metafórico da lua e apanhando do sótão cem piscas-piscas que não trabalhariam até o próximo Natal, arranjou um céu estrelado. Tal lual, escolheu que ocorresse de frente ao mar, e combinando um preço ainda extra-oficial com Iemanjá, controlou o fluxo d´as ondas... Cortado a laser, na Holanda, endireitou um tronco esquecido como que despropositalmente ali na areia - essa feita das poeiras do seu guarda-roupa. Para o escuro, contou com a noite. E para o clima a brisa do ventilador. O clima ficou por conta das cigarras que catara na porta de casa e do cheiro de incenso de sândalo. Até parece que resignada essência perfuma assim, ambientes corriqueiros. Evidentemente eu não raciocinava.

- De olhos fechados tudo isso parece verdade.
- Posso te beijar agora?
- Por favor, não. Me deixa aqui fora da realidade.

E além disso tudo! De companhia concreta, osso e carne. E nada mais precisava ser descrito, pois era a cena mais bonita do mundo.

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