segunda-feira, 27 de abril de 2009

O lado sujo

Existem seis bilhões de pessoas no mundo e parece que existe um questionamento de cada uma delas dentro da minha cabeça. Para todas elas, eu tento buscar uma resposta, mas é como se todas essas pessoas estivessem falando, dando opiniões, fazendo uma confusão que foge do meu controle arrumar. Insistentemente, eu tento manter uma coerência, mas me carrega pra uma maníaca obsessão de por um ponto final, sem sucesso, e eu me desligo de mim mesma.

Eu fico assim, vivendo anestesiada, fugindo de todos os meus dilemas, das minhas responsabilidades, de mim mesma, vivendo num completo vazio. Um vazio sem cor, onde cortes são sangram e nem doem, onde as relações se perdem, a emoção não existe. É o verdadeiro desprendimento do meu eu, que me transforma na ferida que mais dói, me tornei uma morta-viva.

Com isso tudo, surgem alguns psicomazoquistas que querem desafiar toda essa complexidade que eu me tornei e se apaixonam por toda minha dor, quando o que eu procuro é jogar ela em um saco e fazer voar pra longe daqui. Mas o que me sobra?

Existem seis bilhões de pessoas dentro de mim, e pelo menos metade delas me perguntam: aonde eu vou me encontrar?

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